UM SEGMENTO PREOCUPANTE



Após a publicação das PITADAS DE GRAMÁTICA, que, graças à colaboração de uns poucos (porém bons e atentos) leitores, rendeu três livros, procurei um formato que, de forma direta e sintética, chamasse a atenção para erros que aparecem repetidas vezes nas redes sociais.
Assim surgiram as DICAS DE LINGUAGEM.
Concebidas especialmente para os grupos de escola no WhatsApp, as DICAS tiveram boa acolhida por parte dos docentes que se preocupam com a linguagem.
Infelizmente, esses são poucos.
Os demais podem ser classificados em dois grupos:
[1] OS INDIFERENTES
São os que seguem cometendo o mesmo erro que foi objeto da postagem (ou seja, não aprendem).
[2] OS ARGUMENTADORES
Verdadeira erva daninha do magistério, esses, além de não corrigirem o erro cometido, procuram justificar a ignorância.
O CASO
Dias atrás, um desses “argumentadores”, publicou no grupo a palavra seguimento, querendo, evidentemente, dizer segmento. Imediatamente postei a DICA relativa ao caso.
          

Não adiantou.
Como o professor em questão tem especial predileção pelo termo, lá veio outra vez o erro, agora repetido seis vezes num texto sobre a composição do conselho escolar: Seguimento Direção, Seguimento Coordenação Pedagógica, Seguimento Professores etc.
“Acho que ele não entendeu”, pensei.
Então desenhei:                                    



           E, irritado, como sempre fico quando vejo docentes que não sabem escrever, acrescentei: APRENDA, PROFESSOR!
Logo o circo se armou para o espetáculo da caturrice própria dos que não sabem e têm  raiva de quem sabe. O discurso da “língua da classe dominante”, “língua da elite”, “da classe opressora” veio à tona. Em sua estulta opinião, o errado sou eu, que tenho “preconceito linguístico”.
E o erro continua lá, mostrando qual é, na verdade, o maior problema do ensino no Brasil.


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